Quem sou eu

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As vezes palavras, as vezes silêncio, sou nada e ao mesmo tempo tudo.Impulsiva. Teimosa. Um pouco hipocondríaca. Entre flores e ursinho fofo, sem dúvida chocolate. Movida à musica. Livros. E as vezes para fugir da rotina, eu surto, assim, de leve.

sábado, 24 de julho de 2010

O que me foge ao controle.

Eu sempre tenho planos, na realidade sou do tipo de pessoa que acorda planejando tudo, desde a quantidade de café na xícara até a quantidade de horas que eu vou precisar dormir. Quando o ano de 2010 iniciou, o meu único plano era focar no meu maior plano. Porque assim como todo mundo, eu também tenho meu maior plano, ou o mais importante, ou talvez apenas o que eu mais anseio e tenho pressa para concretizar.
O fato é que meus planos ultimamente estão se esvaindo da minha mão. A uma semana atrás eu quase perdi o chão, e desde então estou pisando nas pontas dos pés com medo de algum buraco. Se bem que cair em um buraco não seria tão ruim, se lá eu pudesse ficar longe de tudo (...) O fato é que eu não tenho controle nenhum de nada, e que também não sou nada perto dessa complexidade que é a vida.
E eu não sei se é melhor ficar assim caminhando atentamente, eu só sei que não consigo mais controlar, acho até que na realidade, eu menti quando disse que conseguia.

Minha cabeça parece um campo de guerra, ideias brigando com outras ideias. E como toda guerra só haverá um vitorioso...
O pior de tudo é que brigar comigo mesma me faz concluir que: sou a única a colecionar feridas. É...Não vale a pena ater-se no caminho da menor dor, ou do conforto calculado.
A pagina da minha vida que esta sendo escrita parece ser a maior e a mais pesada. Não evitaria, se pudesse rasgar essa página e reescrevê-la novamente; do meu jeito. Mas como eu já havia dito, não me sinto mais tão boa pra fingir que tudo esta sob controle.
Acho que desisti mesmo desse negocio de eterna felicidade nesse mundo. Os momentos que a gente chama de bons momentos são como bombas de endorfina que amolecem os espinhos quando estes estão prestes a perfurar nossa pele mais fina; principalmente quando estamos despidos da nossa armadura. Bons momentos sempre são substituídos pelos ruins. Endorfina acaba. Eu diria que os nossos pensamentos e atitudes são como uma encomenda anônima que fazemos ao destino. Inconscientemente, queremos que nossas ações desencadeiem uma série de acontecimentos cujo roteiro já foi definido na nossa cabeça. Antes dos 10 anos a gente aprende: não é assim. Eu no auge dos meus dezoito, ainda estou aprendendo.

Minha vida agora esta no automático. E se eu fosse um aeroporto estaria fechado, com portas abaixadas e radares desligados; por não estar pronta nem para chegadas muito menos partidas.
Analogamente falando, eu sou um aeroporto fechado pra reforma, é... E me recuso a olhar pro alto e pensar que os aviões precisam pousar. Peço encarecidamente que continuem no alto voando e esperem, até eu ter força suficiente pra levantar as portas que já estão enferrujadas e ligar os radares que não sabem se ficam acesos ou se apagam de vez.

"Os olhos mentem dia e noite a dor da gente..."

terça-feira, 6 de julho de 2010

Encontrado em alguma pasta perdida dos meus documentos

Saudade não é o que a gente sente quando a pessoa vai embora. Seria muito simples acenar um 'tchau' e contentar-se com as memórias, com o passado. Saudade não é ausência. É a presença, é tentar viver no presente. Pra muitos saudade é a cama ainda desarrumada, o par de copos ao lado da garrafa de vinho, é a escova de dentes ao lado de outra. Saudades são todas as coisas que estão lá para nos dizer que não, a pessoa não foi embora. Muito pelo contrário: ela ficou, e de lá não sai.
A ausência ocupa espaço, ocupa tempo, ocupa a cabeça, até demais. E faz com que a gente invente coisas, nos leva para tão próximo da loucura que nos é permitida, para alguém em cujo prontuário se lê "sadio". Ela faz a gente realmente acreditar que enlouquecemos. Ela nos deixa de cama, mesmo quando estamos fazendo todas as coisas do mundo. E não há foto, nem música que a vença.
Ao mesmo tempo; é o transtorno intermitente e perene de implorar por 'um pouco mais'.

Saudade não é olhar pro lado e dizer "se foi". É olhar pro lado e perguntar "cadê?".