Quem sou eu

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As vezes palavras, as vezes silêncio, sou nada e ao mesmo tempo tudo.Impulsiva. Teimosa. Um pouco hipocondríaca. Entre flores e ursinho fofo, sem dúvida chocolate. Movida à musica. Livros. E as vezes para fugir da rotina, eu surto, assim, de leve.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Spring

Despertador toca.
E os cinco minutos se transformam em vinte.
E como gostaria de transformar esses vinte em mais três horas.
Posso. Mas não convém. Não agora. Estou atrasada.
Não dá tempo para espreguiçar, nem tão pouco para o café.
Enquanto todos os dias eu corro contra o tempo.
Tenho a nítida sensação de que os ponteiros do relógio correm também.
Só que mais rápido, muito mais rápido...
Hoje chegou a penúltima estação do ano.
A preferida das flores, dos pássaros, e a minha também.

(...)

domingo, 19 de setembro de 2010

Uma das formas de dominação do mundo atual

Antigamente, para os gregos, o cuidar de si implicava no cuidar da alma, e cuidar da alma implicava na auto-observação. No mundo de hoje, para alcançar os exigentes padrões de beleza estamos constantemente buscando a perfeição estética, a juventude eterna. Mas o que aquela imagem que vemos refletida no espelho revela? O cuidar de si hoje implica em um excesso de vaidade que resulta em expressões patológicas. Vivemos em um mundo moderno. E este mundo moderno impõe a você a forma correta de ser, agir, de comer, de viver; hoje ir para academia para muitos envolve a questão de exercitar o corpo em busca de uma saúde melhor, para outros a questão da saúde não existe, pois o que eu encontro na academia são aparelhos que fará com que eu tenha um corpo melhor, mais próximo do perfeito, mais próximo do padrão de beleza imposto.
Um mundo onde tudo já esta praticamente engessado. Onde é preciso se ajustar ao que já esta imposto, e isto impede pessoas de criar sua própria identidade, forma de interagir com o externo; e de criar um modelo próprio de atuação na sociedade.
O corpo pede muito mais que um cuidado externo, primeiramente há a necessidade de um cuidado interno. De um cuidado da alma. Antes mais do que nada, estar bem consigo não depende só do cabelo que esta desarrumado, do corpo que temos, ou do dinheiro que possuímos, depende apenas em se sentir bem sendo como é. Todo esse modelo que estamos cansados de ver na mídia, é imposto. Um exemplo disto, é essa busca das modelos por um corpo que para elas é perfeito; o resultado desse enquadramento tem como conseqüência um desajuste mental nessas moças, que se expressam obviamente no corpo, já que estas colocam sua própria vida em jogo para se enquadrar nos estereótipos Somos capazes de criar nossa própria identidade, sem necessariamente ter que atribuir as influências externas. A tendência desse mundo é bloquear a nossa autenticidade em saber observar, criticar, e fazer com que o número de indivíduos pensantes se tornem cada vez menores. Continuar aceitando essas imposições, é se deixar ser dominada pelo mundo. É não ter um próprio ponto de vista, mas aceitar os que são oferecidos como seus compartilhando deles. É preciso ampliar esta linha do horizonte...
Penso que, se continuarmos aceitando tudo já mastigado não exercitaremos aquilo que fomos dotados em ter: a inteligência. A capacidade de distinguir o que é satisfatório; não é porque tal sapato esta na moda que também tenho que tê-lo, ou porque aquela roupa é tendência que eu tenho que compra-la, antes de consumir, é preciso perguntar se eu quero porque eu realmente gostei, ou simplesmente porque estou sendo influenciada pelo que esta sendo oferecido como forma de enquadramento de um certo tipo de padrão estético.

Discursando

O que escrevo a seguir é um discurso que serve para mim mesma.

O que é prever o futuro, senão fabricá-lo com as próprias mãos?

Adiantar o amanhã e prever o futuro é moldá-lo com atitudes, inspiradas nos mais ousados sonhos. Não consigo lembrar de alguém que realizou seus sonhos sem ter, para isso, passado por todo tipo de obstáculo. E eu me encontro frente a uma muralha que já há algum tempo se coloca em meu caminho. Paredes escorregadias que não se deixam ser escaladas. Obstáculo. O que há do outro lado? Eu não sei, só posso imaginar. Mas não é do meu feitio ficar aqui parada, só imaginando.
Digo isso porque há muito tempo conclui que não existe nada mais valioso do que um objetivo em mente. É, vamos dizer um sonho. O sonho nada mais é do que criar uma expectativa que pode vir a tornar-se uma realidade; o sonho pode assumir qualquer tamanho e forma que conseguirmos imaginar. Uma vez eu comentei com duas pessoas que eu não gostava de sonhar,é, afinal esse negocio de fantasiar demais nunca foi para mim, que sou muito realista. Prefiro conviver com o tangível, nada de muito lúdico, eu seria intensa demais se me permitisse sonhar. E sonhar implica em voo alto, e nada me garante que eu não possa cair...
Eu relaciono o verbo sonhar com fantasia, com surrealismo.
É por isso que eu prefiro um verbo que esteja mais próximo de se tornar real.
Que siga uma linha mais realista e pouco surrealista.
E que dependa mais do meus próprios punhos do que da minha capacidade de imaginar.

"É assustador, mas a cada obstáculo transposto, a gente aprende que – sempre – pode mais. E o sangue que deixarmos espirrar será lembrança eterna do quão longe chegamos."